Chelsea conquista Mundial e torneio serve como “ensaio geral” para Copa de 2026 nos EUA

Aline Feitosa
O Chelsea entrou para a história no domingo (13) ao conquistar seu primeiro título do Mundial de Clubes, vencendo o Paris Saint-Germain por 3 a 0 na grande final disputada no MetLife Stadium, em Nova Jersey. No entanto, além da consagração dos Blues, a edição de 2025 do torneio teve um papel ainda maior: funcionou como um verdadeiro teste logístico e organizacional para a Fifa, que prepara a maior Copa do Mundo de todos os tempos em 2026.

Com a participação inédita de 32 clubes e uma agenda robusta de partidas espalhadas por várias cidades norte-americanas, o novo formato do Mundial de Clubes foi uma prévia dos desafios que a entidade enfrentará no próximo ano. Em 2026, o torneio entre seleções terá 48 equipes e 104 jogos, um salto significativo em relação aos 64 da edição anterior, no Catar.

“Foi praticamente um ensaio geral para a Fifa”, afirmou Alan Rothenberg, ex-presidente da Federação de Futebol dos EUA e responsável pela organização da Copa de 1994. “Tivemos tropeços no início, mas a experiência adquirida com o Mundial vai ser valiosa para a Copa”, completou.

Entre os principais pontos de atenção estiveram as críticas à qualidade dos gramados, os longos deslocamentos entre sedes e as altas temperaturas registradas durante os jogos, muitas vezes acima dos 29°C. O meia Enzo Fernández, do Chelsea, chegou a classificar o calor como “muito perigoso” para os atletas. A entidade global dos jogadores, a FIFPRO, também emitiu alerta sobre os riscos à saúde.

Diante das reclamações, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, reconheceu as falhas e prometeu ajustes. “Cada crítica recebida será analisada com seriedade. A questão climática é real e estamos atentos a isso”, disse. Ele garantiu que a Copa de 2026 terá estádios climatizados, como os de Houston, Atlanta, Dallas e Vancouver, além de pausas técnicas para hidratação e melhorias no cuidado com os gramados.

O Mundial também marcou o fortalecimento da presença institucional da Fifa nos Estados Unidos. Escritórios operacionais foram abertos em Miami e Nova York, e um centro de mídia com 45 mil metros quadrados foi estabelecido em Dallas, devendo funcionar durante todo o ciclo até a Copa. Uma versão reduzida desse centro foi testada com sucesso durante o Mundial de Clubes.

Apesar dos avanços estruturais, a qualidade do gramado na final voltou a ser questionada. “Estamos aprendendo todos os dias”, reconheceu Blair Christensen, gerente de gramado do MetLife Stadium, palco da decisão do Mundial e também da final da Copa de 2026. “Nosso time evoluiu muito nas últimas semanas. A experiência acumulada será essencial para o próximo ano.”

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