O futebol alemão não seguirá o caminho de outras ligas europeias que têm levado partidas oficiais para o exterior. A garantia foi dada nesta quarta-feira (3) por Hans-Joachim Watzke, presidente do conselho de supervisão da Liga Alemã de Futebol (DFL), vice-presidente da Federação Alemã de Futebol e também da Uefa.
“Enquanto eu estiver na liga responsável, não haverá partidas oficiais no exterior. Ponto final”, afirmou Watzke em coletiva após sua reeleição na DFL. “Não está aberto a interpretações. Claro que na Uefa a decisão envolve mais pessoas, mas minha posição é muito clara.”
O dirigente reforçou que não há planos para exportar jogos da Bundesliga, ao contrário de outras experiências recentes no futebol europeu. Em janeiro, a Supercopa da Itália foi disputada na Arábia Saudita. Já a LaLiga aprovou a realização de Barcelona x Villarreal em Miami, no dia 20 de dezembro, embora a decisão tenha enfrentado oposição do Real Madrid.
Na Itália, a Federação já autorizou que Milan x Como, pela Serie A, seja realizado em Perth, na Austrália, em 2025, o que pode se tornar o primeiro jogo oficial da liga fora do país.
A ideia, no entanto, enfrenta resistência entre torcedores. Críticos afirmam que a exportação de partidas mina a essência das competições, favorece interesses financeiros de curto prazo e enfraquece o caráter comunitário dos clubes em seus países de origem.