CBF planeja adoção do impedimento semiautomático nas Séries A e B a partir de 2026

Segundo apuração da CNN, os primeiros testes com a nova tecnologia podem ocorrer ainda nesta temporada, aproveitando o calendário que se estende até dezembro. No entanto, há obstáculos pela frente, especialmente em relação à infraestrutura dos estádios e aos altos custos da operação.

Para funcionar corretamente, o sistema exige a instalação de 12 câmeras especiais por estádio, responsáveis por capturar a posição dos jogadores em tempo real. Estimativas da CBF indicam que o custo para equipar cada arena gira em torno de R$ 100 mil. A título de comparação, a Federação Paulista de Futebol (FPF) já utilizou a tecnologia na final do Campeonato Paulista deste ano, entre Corinthians e Palmeiras, e relatou um investimento aproximado de R$ 1 milhão.

Apesar das dificuldades logísticas e financeiras, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, tem um forte aliado no projeto: Samir Xaud, atual presidente da Comissão de Arbitragem, considerado o maior entusiasta da inovação. Uma fonte ligada à entidade revelou à CNN que a visão interna é clara: “É melhor gastar mais e evitar polêmicas com erros de arbitragem”.

Popularizado na Copa do Mundo do Catar, em 2022, o impedimento semiautomático já é uma realidade consolidada no futebol europeu. Competições como a Premier League e a Liga dos Campeões utilizam o recurso de forma contínua, com bons resultados na redução de falhas humanas e no aumento da precisão das decisões.

A expectativa da CBF é seguir o mesmo caminho e modernizar a arbitragem no país, mesmo que o processo exija investimentos consideráveis e adaptação de parte dos estádios brasileiros.