Carlo Ancelotti quebrou o silêncio após ser oficializado pela CBF como novo treinador da Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (13), no centro de treinamento do Real Madrid, o técnico italiano destacou seu compromisso com o clube espanhol, pelo qual seguirá à frente até o fim do Campeonato Espanhol, no dia 26
“Temos três jogos importantes pela frente. Quero encerrar essa etapa com profissionalismo e respeito ao Real Madrid, aos torcedores e aos jogadores. Até o fim do campeonato, minha total dedicação é ao clube. A Seleção Brasileira é um enorme desafio, mas meu foco, neste momento, é terminar bem essa jornada no Madrid”, afirmou Ancelotti.
Discreto quanto aos detalhes do acerto com a CBF, ele confirmou que assumirá o comando da Seleção Brasileira a partir do dia 26 de maio, com estreia marcada para os confrontos das Eliminatórias da Copa do Mundo contra Equador e Paraguai, em junho.
“É oficial. A CBF já anunciou. Agora, cabe ao Real Madrid divulgar quando achar oportuno. Não há conflito ou mistério, apenas respeito ao tempo e ao clube”, declarou o treinador.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, celebrou a chegada de Ancelotti com entusiasmo:
“Contratar Ancelotti é mais do que uma estratégia, é uma declaração de intenções. Ele é o maior técnico da história e agora está à frente da Seleção mais vitoriosa do planeta. Vamos construir novos capítulos gloriosos.”
O novo técnico se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral, e Juan, coordenador técnico da Seleção, para definir a pré-lista dos convocados para os jogos de junho. O anúncio oficial será feito no dia 26, no Brasil.
Aos 65 anos, Ancelotti deixa o Real Madrid após uma temporada sem títulos, mas com um legado inquestionável. É o maior campeão da Champions League como técnico (cinco conquistas) e o único a vencer as cinco principais ligas europeias. Além da vitoriosa carreira nos bancos, brilhou como meio-campista em clubes como Roma e Milan — onde conquistou duas Champions como jogador. Curiosamente, sua despedida dos gramados foi num amistoso contra a própria Seleção Brasileira, em 1992. Três décadas depois, ele retorna para fazer história com a Amarelinha.