Ídolo do futebol alemão nas décadas de 1980 e 1990, o ex-goleiro Eike Immel, de 64 anos, foi condenado nesta quinta-feira (7) a dois anos e dois meses de prisão por envolvimento em 107 casos de fraude. A decisão foi proferida por um tribunal em Marburg, na Alemanha, após a comprovação de diversos crimes financeiros cometidos pelo ex-atleta.
De acordo com o jornal Bild, a maioria das infrações diz respeito a empréstimos feitos por Immel, que posteriormente não foram quitados. Além disso, ele também foi acusado de vender ingressos para uma partida da Eurocopa e não entregar os bilhetes, apropriando-se do valor pago.
As fraudes somam prejuízos de aproximadamente 33 mil euros, cerca de R$ 211 mil na cotação atual.
Durante o julgamento, a defesa alegou que o ex-jogador vive em situação financeira crítica e que as ações não foram movidas por má-fé, mas por desespero.
“O senhor Immel está profundamente envergonhado com tudo que foi exposto no tribunal. Ele vive em condições precárias há anos, fato de conhecimento público. Não se trata de um fraudador profissional, mas de um ex-jogador que fracassou após a carreira”, argumentou o advogado.
Immel declarou falência em 2008 e, no ano passado, revelou estar vivendo com ajuda do governo alemão.
Revelado pelo Borussia Dortmund no fim dos anos 1970, Eike Immel acumulou 247 partidas pelo clube aurinegro em oito temporadas. Depois, se transferiu para o Stuttgart, onde construiu uma das fases mais vitoriosas da carreira — com destaque para o título da Bundesliga em 1991/92.
Na reta final da trajetória como jogador, defendeu o Manchester City por duas temporadas.
Pela seleção da Alemanha, integrou o elenco campeão da Eurocopa de 1980 e esteve presente nas Copas do Mundo de 1982 e 1986, conquistando o vice-campeonato em ambas.
A queda do ex-goleiro de prestígio internacional para réu condenado por crimes financeiros marca mais um episódio de dificuldades enfrentadas por ex-atletas que não conseguiram manter estabilidade após o fim da carreira esportiva.