O técnico português Bruno Lage ingressou com uma ação trabalhista contra a SAF Botafogo, na 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, cobrando R$ 9,6 milhões referentes a verbas rescisórias, indenizações e danos morais. O treinador comandou o clube entre julho e outubro de 2023, período em que o time perdeu a liderança e acabou ficando sem o título do Campeonato Brasileiro.
De acordo com o processo, ao qual o ge teve acesso, Lage afirma ter sido demitido sem justa causa e antes do término do contrato, três meses antes do previsto. Ele alega não ter recebido nenhum valor pela rescisão e acusa o clube de descumprir um acordo extrajudicial que previa o parcelamento dos pagamentos.
O português também acusa o Botafogo de fraudar parte de sua remuneração ao dividir o salário entre contrato de trabalho e direitos de imagem, sem que houvesse exploração efetiva de sua imagem em campanhas ou ações publicitárias. Segundo a defesa, a prática teve como objetivo “mascarar verba de natureza salarial”.
Entre os pedidos feitos à Justiça, estão o pagamento dos salários até dezembro de 2023, FGTS com multa de 40%, férias e 13º proporcionais, além de uma indenização de R$ 100 mil por danos morais, alegando prejuízos financeiros e psicológicos causados pela falta de pagamento.
Esta é a segunda ação movida por Lage relacionada ao Botafogo. Em abril deste ano, o treinador acionou judicialmente John Textor, dono da SAF, na Justiça da Inglaterra, pedindo cerca de 6 milhões de libras (R$ 46 milhões à época).
O técnico alegou que, ao assumir o comando do Alvinegro, firmou um acordo no qual Textor se comprometia a oferecer a ele a oportunidade de treinar o Lyon ou o Crystal Palace entre janeiro e abril de 2024, promessa que, segundo ele, não foi cumprida.