Bruno Henrique será julgado por suposta manipulação de apostas e vive semana decisiva no Flamengo

Aline Feitosa
O atacante Bruno Henrique, de 34 anos, terá dias decisivos para o futuro da carreira. O jogador do Flamengo será julgado em duas frentes nesta semana: na Justiça comum, nesta terça-feira (2), e na esfera esportiva, pelo STJD, na quinta-feira (4). Ele é acusado de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas durante o Campeonato Brasileiro de 2023.

A denúncia do Ministério Público tem como base investigações da Polícia Federal, que apontam que Bruno Henrique teria forçado a aplicação de um cartão amarelo na partida entre Flamengo e Santos, em novembro de 2023, no estádio Mané Garrincha. O objetivo seria beneficiar apostadores, entre eles seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, e a cunhada, Ludymilla Araújo Lima.

Em julho de 2025, o ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ, negou um habeas corpus apresentado pela defesa do atleta. Na decisão, destacou que o recurso não era cabível para reavaliar provas ou discutir competência judicial em questões que não afetassem diretamente a liberdade de locomoção.

Segundo a Polícia Federal, o jogador teria informado previamente ao irmão que receberia o cartão, em mensagens trocadas por aplicativo. Com a informação privilegiada, Wander realizou apostas em seu próprio nome, no da esposa e ainda repassou a dica a amigos para ampliar os ganhos ilícitos. O relatório concluiu que houve fraude esportiva e estelionato em prejuízo das operadoras de apostas.

O caso também será analisado pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD, que julgará Bruno Henrique e mais quatro envolvidos nesta quinta-feira (4). Além do atacante, foram denunciados o irmão do jogador e três amigos próximos: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.

De acordo com a denúncia, Bruno Henrique teria reforçado o pacto ilícito às vésperas do jogo, em 31 de outubro de 2023, garantindo ao irmão que cumpriria o combinado. O episódio provocou movimentação atípica no mercado de apostas, a ponto de algumas plataformas bloquearem os pagamentos.

O auditor responsável pelo inquérito no STJD ainda intimou nove pessoas ligadas a contas suspeitas, mas a maioria optou por permanecer em silêncio durante as oitivas. Apesar disso, os elementos reunidos pela PF levaram a Procuradoria a formalizar a denúncia contra Bruno Henrique e os demais citados.

Agora, o camisa 27 do Flamengo aguarda as decisões que podem definir não apenas sua situação jurídica, mas também sua continuidade no futebol.

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