A vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, na terça-feira (10), na Neo Química Arena, selou a classificação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026. Mas além da vaga, o resultado trouxe outro motivo de celebração: pela primeira vez nas Eliminatórias, o Brasil passou dois jogos seguidos sem sofrer gols, marca que coincide com os primeiros passos de Carlo Ancelotti no comando da equipe.
O técnico italiano, que fez sua estreia no empate sem gols com o Equador, voltou a mostrar solidez defensiva em sua segunda partida à frente da Seleção. Desta vez, com gol de Vinicius Júnior, o Brasil garantiu o triunfo e confirmou sua presença no Mundial.
“Sou italiano (risos). A equipe não levou gols porque todos trabalharam bem, especialmente os meio-campistas. Casemiro, Bruno Guimarães… fizeram um esforço extraordinário”,comentou Ancelotti em coletiva após o jogo.
O treinador destacou ainda a importância da intensidade e da disciplina tática no futebol atual.
“O futebol moderno exige intensidade com e sem a bola. Pressionar é essencial, pois impede o adversário de pensar o jogo. Para isso, é preciso correr, se sacrificar, mostrar atitude e compromisso. A equipe fez isso nas duas partidas”, acrescentou.
Apesar da evolução recente, a defesa brasileira ainda carrega números preocupantes: com 16 gols sofridos, é uma das mais vazadas entre as seleções atualmente dentro da zona de classificação (do 1º ao 7º lugar). Apenas a Venezuela, com 19 gols sofridos, tem desempenho pior no setor.
Com 25 pontos, o Brasil ocupa a terceira colocação na tabela. A Argentina, já campeã simbólica das Eliminatórias e com 35 pontos, não pode mais ser alcançada nas duas rodadas finais. Agora, a Seleção volta suas atenções à preparação para o Mundial, com a missão de manter a consistência defensiva e buscar o tão sonhado hexacampeonato sob a batuta de Ancelotti.