Pela primeira vez na história, o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica será disputado no Brasil. A Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, será palco da competição entre esta quarta-feira (20) e domingo (24), em um momento considerado histórico para a modalidade no país.
A Seleção Brasileira chega embalada e com status de favorita após conquistar, em julho, um ouro inédito na etapa de Milão da Copa do Mundo, superando potências como Japão e China, além de faturar o bronze na prova de “2 arcos e 3 bolas”. O desempenho recente coloca o país no radar das grandes forças da modalidade e abre caminho para a chance de conquistar a maior vitória da ginástica rítmica brasileira em um Mundial.
Capitã do conjunto, Duda Arakaki ressalta a motivação de competir diante da torcida:
“Não vejo a hora de estar no ginásio com o público brasileiro. Já sentimos essa energia em Pan-Americanos aqui, mas agora é o Mundial. Representar o Brasil em casa é um sonho que vivemos todos os dias”, afirmou.
O conjunto brasileiro conta ainda com Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves. No individual, o país será representado por Bárbara Domingos e Geovanna Santos, com Maria Eduarda Alexandre como reserva.
Das oito atletas convocadas, seis têm vínculo com clubes apoiados pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), entidade que desempenha papel central no desenvolvimento da modalidade ao investir em equipamentos, capacitação de profissionais e competições nacionais como o Campeonato Brasileiro Interclubes.
Para o presidente do CBC, Paulo Maciel, receber o Mundial no Rio é a consolidação de um trabalho que vem sendo feito nos bastidores.
“O Brasil vive um momento especial na ginástica rítmica, resultado de um esforço silencioso dos clubes formadores e da parceria com a Confederação Brasileira de Ginástica. Sediar o Mundial é mais do que um reconhecimento: é a prova de que estamos no caminho certo”, destacou.
A disputa seguirá formato semelhante ao da Olimpíada, com provas no individual geral e no conjunto geral. O individual reúne todas as séries (arco, bola, fita e maças), enquanto o conjunto apresenta duas coreografias: uma com fitas e outra mista, com três bolas e dois arcos.
Agora, a expectativa é que a energia da torcida carioca impulsione o Brasil rumo a um feito histórico na ginástica rítmica mundial.