O Benfica corre o risco de ser severamente punido pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) após anunciar que não pretende mais disponibilizar o Estádio da Luz para jogos da Seleção Nacional. A medida, revelada por meio de um comunicado oficial divulgado na última segunda-feira (26), foi tomada como forma de protesto contra a arbitragem da final da Taça de Portugal, vencida pelo Sporting por 3 a 1, na prorrogação
A decisão do clube encarnado, no entanto, pode ter sérias consequências. De acordo com o artigo 72 do Regulamento Disciplinar da FPF, recusar injustificadamente a cessão de estádios para partidas das seleções nacionais pode resultar em sanções que incluem a interdição do recinto por um período de um a três meses, além de multas que variam entre 10 e 20 unidades de conta.
“A entidade que se recuse injustificadamente a ceder à FPF o seu recinto desportivo para jogos das seleções nacionais […] é sancionada com interdição de 1 a 3 meses”, estabelece o regulamento.
O estopim para a atitude do Benfica foi um lance polêmico na final da Taça, envolvendo o jogador do Sporting, Matheus Reis. Durante a partida, o brasileiro pisou na cabeça do atacante Andrea Belotti, mas o lance seguiu sem qualquer punição, mesmo com o árbitro Luís Godinho em campo e o suporte do VAR comandado por Tiago Martins. A omissão foi duramente criticada pela diretoria benfiquista.
Até o momento, o clube lisboeta não formalizou sua posição junto à FPF. Ainda assim, nos bastidores, a federação já se articula e avalia aplicar as penalidades previstas caso o Benfica mantenha sua postura de rompimento. A tensão entre as partes aumenta em meio a um cenário de forte insatisfação com a arbitragem, o que pode desencadear uma crise institucional entre uma das principais instituições do futebol português e a entidade máxima que rege o esporte no país.