Ben Sulayem é reeleito sem oposição e segue no comando da FIA até 2029

A assembleia geral anual da FIA, realizada em Tashkent, no Uzbequistão, confirmou o dirigente de 64 anos, ex-piloto de rali e representante dos Emirados Árabes Unidos, como único nome na disputa.

“Obrigado a todos os nossos membros por votarem em grande número e renovarem sua confiança em meu trabalho”, declarou Ben Sulayem em comunicado. “Superamos muitos desafios ao longo do caminho, mas hoje estamos mais fortes do que nunca.”

Apesar do clima de aprovação unânime, o processo eleitoral foi marcado por tentativas frustradas de oposição. O norte-americano Tim Mayer chegou a anunciar interesse na disputa, mas recuou em outubro, alegando que os estatutos da FIA tornavam inviável qualquer candidatura contra o atual presidente.

A suíço-francesa Laura Villars também buscou concorrer e entrou com uma ação judicial para adiar a eleição, porém um tribunal de Paris autorizou sua continuidade. Segundo sua defesa, a validade do pleito ainda pode ser “revisada, contestada ou anulada” em uma nova audiência marcada para fevereiro.

Tanto Mayer quanto Villars não atenderam a uma exigência central do regulamento: a formação de uma chapa completa com vice-presidentes indicados a partir de uma lista oficial de 29 nomes, incluindo representantes de todas as regiões da FIA. A falta de candidatos elegíveis na América do Sul foi um dos obstáculos mais relevantes, havia apenas uma opção: a brasileira Fabiana Ecclestone, integrante da equipe de Ben Sulayem e esposa de Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1.

Em comunicado, a FIA reforçou que o processo eleitoral seguiu “integralmente os estatutos da entidade, com um sistema de votação sólido, transparente e alinhado aos princípios democráticos da federação”.

Com a reeleição confirmada, Ben Sulayem permanece à frente da FIA até 2029, encarregado de conduzir a entidade em meio a debates sobre governança, segurança e o futuro das principais categorias do automobilismo mundial.