O Barcelona anunciou nesta quinta-feira (7) a retirada temporária da braçadeira de capitão do goleiro Marc-André ter Stegen e a abertura de um processo disciplinar contra o atleta. A decisão foi motivada pela recusa do alemão em autorizar o envio de seu relatório médico à junta da LaLiga, impedindo o clube de solicitar o abatimento de até 80% de seu salário nas regras do Fair Play Financeiro.
Lesionado na lombar e com previsão de nova cirurgia, Ter Stegen poderia ser enquadrado nas regras da LaLiga que permitem a exclusão parcial de vencimentos da folha salarial em casos de lesões graves, desde que validado por uma comissão médica independente. A negativa do goleiro frustra os planos do clube, que pretendia abrir espaço no orçamento para registrar reforços como Joan García e manter Szczesny no elenco.
Segundo o jornal Mundo Deportivo, a diretoria considera que o jogador age de má fé, temendo a concorrência de novos goleiros no elenco. O clube estuda agora medidas jurídicas para resolver o impasse.
Com contrato até 2028, Ter Stegen vê seu futuro no clube se complicar. A decisão de afastá-lo da capitania foi tomada às vésperas do Troféu Joan Gamper, tradicional partida que marca o início da temporada, e onde o capitão normalmente se dirige à torcida. O zagueiro Ronald Araújo, agora primeiro capitão, assumirá essa função.
Além de Joan García, o Barcelona conta com Szczesny e Iñaki Peña para a posição. A situação abre espaço para especulações sobre uma possível saída do goleiro, embora seu alto salário seja um obstáculo para uma negociação rápida.