O sonho do Atlético-MG de conquistar sua primeira Copa Sul-Americana terminou de forma amarga neste sábado (22), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. Após um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Galo foi derrotado por 5 a 4 nos pênaltis pelo Lanús, que celebrou seu bicampeonato continental.
O grande nome da noite foi o goleiro Losada, decisivo em todas as etapas da final. Além de impedir o gol atleticano durante os 120 minutos, ele defendeu três cobranças na disputa por pênaltis, incluindo as de Hulk, Vitor Hugo e Biel, que já havia desperdiçado duas oportunidades claras na prorrogação. Com o título, o Lanús também garantiu vaga direta na fase de grupos da próxima Libertadores.
Os argentinos repetem a história de 2013, quando também superaram um clube brasileiro,a Ponte Preta, no Pacaembu, para erguer a taça da Sul-Americana.
A série começou favorável ao Atlético-MG, já que Walter Bou bateu mal o primeiro pênalti do Lanús, facilitando a defesa de Everson. No entanto, Hulk, ídolo alvinegro, voltou a falhar em momento decisivo e devolveu a vantagem ao rival. Foi o nono pênalti importante desperdiçado pelo atacante de 39 anos com a camisa do Galo.
Em seguida, as equipes trocaram acertos até que Losada voltou a brilhar defendendo a cobrança de Biel. O Lanús teve então a chance do título nos pés de Lautaro Acosta, mas o argentino isolou por cima do gol. Everson assumiu a responsabilidade no quinto chute do Galo e converteu com categoria, levando a decisão para as alternadas.
Cardozo, Alexsander e Watson marcaram para suas equipes. No lance decisivo, Vitor Hugo bateu à meia altura e Losada fez sua terceira grande defesa da noite, selando o bicampeonato argentino.
O Atlético-MG poderia ter evitado os pênaltis. Biel, acionado no tempo extra, desperdiçou duas oportunidades claras. Na primeira, aos 94 minutos, recebeu cruzamento preciso de Gustavo Scarpa e cabeceou fraco, facilitando a defesa de Losada. Na sequência, cara a cara com o goleiro após passe açucarado de Hulk, parou novamente no argentino, que salvou à queima-roupa.
A final teve clima de decisão: marcação intensa, muita disputa física e poucos espaços. Mesmo assim, o Atlético-MG criou as melhores chances. Aos 20 minutos, Arana obrigou Losada a trabalhar, mas o lance foi anulado por impedimento. Aos 26, Bernard quase marcou ao cobrar falta direta da ponta-esquerda, a bola explodiu na trave e assustou os argentinos.