O Atlético-MG afirmou, nesta segunda-feira (17), não ter conhecimento de qualquer irregularidade envolvendo os investimentos do banqueiro Daniel Vorcaro na Galo Holding S.A., responsável pela gestão da SAF alvinegra. A declaração veio após reportagem do Estadão e da Sport Insider questionar a procedência dos fundos utilizados pelo acionista.
Em nota, o clube destacou que o Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (Galo Forte FIP), veículo por meio do qual Vorcaro aportou recursos no Atlético, é regulamentado e fiscalizado pelos órgãos competentes.
“O Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia é um veículo devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sob administração da Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA”, afirmou o clube. “A administradora também é registrada junto à CVM. O fundo figura como acionista da Galo Holding S.A., e o Atlético não tem conhecimento de quaisquer irregularidades.”
As reportagens apontaram que parte dos investimentos teria origem em fundos suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do país. Vorcaro, porém, investiu no clube por meio do Galo Forte FIP, que detém 26,9% da Galo Holding (ou 20,2%, considerando o total com a participação de 25% da Associação).
O Banco Master, ao qual Vorcaro é ligado, também se posicionou após ser citado no caso. A instituição negou qualquer conexão com os fundos Hans 95 e Olaf 95, mencionados nas denúncias.
“O Banco Master não tem relação com os fundos Hans 95 e Olaf 95. Essas estruturas não fazem parte do grupo, não possuem vínculo societário com o Banco ou com seus executivos. O fundo Galo Forte FIP pertence a Daniel Vorcaro, pessoa física, informação pública e amplamente divulgada, inclusive após análise do CADE”, diz o comunicado enviado à Rádio Itatiaia.