A zagueira da seleção inglesa Jess Carter decidiu se afastar das redes sociais após ser alvo de ataques racistas durante a disputa da Eurocopa Feminina de 2025. A jogadora, titular nos quatro jogos da Inglaterra até aqui, foi duramente criticada após a vitória por 3 a 2 sobre a Suécia, nas quartas de final, especialmente pelo desempenho defensivo da equipe no primeiro tempo, quando sofreu dois gols.
Negra e uma das principais defensoras das Lionesses, Carter optou por se desligar do ambiente digital como forma de autoproteção. A decisão provocou uma onda de solidariedade dentro e fora do futebol.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, manifestou apoio à atleta e condenou veementemente os ataques racistas. “Estamos com Jess. Estamos com cada jogador e pessoa que já sofreu com o racismo. Nenhum atleta deve ser alvo de discriminação.
Todos devem ter liberdade para desempenhar o melhor de si em campo”, afirmou em nota oficial. Infantino ainda garantiu que a entidade vai colaborar com as investigações e compartilhar dados para ajudar a responsabilizar os autores.
A Associação de Futebol da Inglaterra (FA) também repudiou os ataques, informando que já acionou a polícia britânica e a plataforma onde as ofensas foram publicadas. O objetivo é garantir que os agressores sejam identificados e punidos.
Diversas instituições e clubes, como a UEFA, o Gotham FC (clube de Carter nos Estados Unidos), a NWSL (Liga Nacional de Futebol Feminino) e a própria seleção inglesa se manifestaram em apoio à zagueira.
A solidariedade chegou também de dentro do elenco. A defensora Lotte Wubben-Moy anunciou que também se retirará temporariamente das redes sociais em apoio à colega de equipe.
Jess Carter, de 26 anos, acumula 49 partidas pela seleção desde sua estreia em 2017. Mesmo diante da violência virtual, ela segue com o grupo em busca do título europeu. A Inglaterra volta a campo nesta terça-feira (22), contra a Itália, em partida válida pela semifinal do torneio.