A eliminação para o Atlético-MG nas oitavas de final da Copa do Brasil serviu como um alerta nos bastidores do Flamengo. Apesar da vitória por 1 a 0 na Arena MRV, que igualou o placar agregado após o revés no Maracanã, o Rubro-Negro acabou superado nos pênaltis, com Samuel Lino e Wallace Yan desperdiçando suas cobranças.
Mesmo que o torneio não seja tratado como prioridade absoluta na temporada de 2025, a queda precoce incomodou a diretoria. O departamento de futebol analisou o desempenho da equipe e identificou três lacunas no elenco, duas delas no sistema defensivo. A partir desse diagnóstico, o clube deve intensificar a busca por reforços antes do fechamento da janela de transferências, em 2 de setembro.
A primeira necessidade apontada é a reposição para o gol. Com a saída de Matheus Cunha, o argentino Agustín Rossi segue como titular incontestável, mas carece de uma sombra à altura. A diretoria entende que é preciso contar com um substituto confiável para manter a competitividade da posição.
Dois nomes já estão no radar: Pedro Morisco, do Coritiba, e Gabriel Brazão, do Santos. Ambos agradam, mas até agora o Flamengo não formalizou propostas.
A defesa também inspira atenção. A lesão de Danilo comprometeu o revezamento entre os titulares Léo Pereira e Léo Ortiz, que vêm atuando no limite físico. No banco, as opções são os jovens Cleiton, que pode ser negociado, e João Victor.
Por isso, o clube busca um zagueiro canhoto, perfil considerado escasso no mercado. Hoje, apenas Léo Pereira desempenha com consistência a função pelo lado esquerdo da zaga.
O setor ofensivo também será reforçado. Apesar da boa fase de Pedro, a diretoria entende que é necessário contar com um centroavante de maior mobilidade para diversificar as opções táticas. Taty Castellanos, da Lazio, e Lucas Beltrán, da Fiorentina, foram monitorados recentemente, mas as conversas não evoluíram.
Até aqui, o Flamengo já oficializou quatro contratações nesta janela: o lateral Emerson Royal, o meia espanhol Saúl Ñíguez, o atacante Samuel Lino e o colombiano Jorge Carrascal, este último ainda sem estrear.
Com pouco mais de três semanas até o encerramento da janela, o clube precisa acelerar as negociações para entregar ao técnico Tite um elenco mais equilibrado e competitivo para a reta final da temporada.