O atacante Álvaro Morata está vivendo momentos difíceis após perder o pênalti que abriu caminho para a vitória de Portugal sobre a Espanha na final da Nations League, conquistando o título pela segunda vez na história. A falha no momento decisivo gerou uma onda de críticas e, pior, ameaças de morte contra o jogador e sua família nas redes sociais.
A situação se agravou a ponto da esposa de Morata, Alice Campello, influenciadora italiana, se pronunciar publicamente para pedir o fim das ameaças. Em uma das mensagens compartilhadas por Alice, um usuário chegou a ameaçar matar o jogador, sua esposa e os filhos. Comovida, ela publicou um desabafo reflexivo sobre o futebol e a humanidade.
“Na vida, todos nós erramos… ninguém está excluído. A vida é feita de aprendizados, experiências, momentos bons e ruins… para todos. Mas não somos ninguém para julgar os outros. O futebol é assim, e acho que isso é o que o torna tão bonito, emocionante e imprevisível.
É esporte, é entretenimento, e devemos dar a ele a importância que merece. O que realmente importa é a pessoa que cada um é na vida… e nisso você vence a todos. Eu adoraria conhecer a vida de cada pessoa que está criticando por um erro, para ver quão perfeitas são e o que conquistaram na vida… Por favor, tenham respeito e deixem de ser pessoas tão ruins”, escreveu Alice Campello.
A derrota da Espanha nos pênaltis, com Morata errando o único chute decisivo, ainda pesa para o jogador. Questionado sobre seu futuro na seleção, ele admitiu que ainda não sabe se estará presente na próxima Data Fifa.
“Nada é certo, depende de muitas coisas. No momento, estou pensando apenas nos meus companheiros e no que aconteceu hoje. As coisas precisam ser pensadas com calma, mas claro, existe a possibilidade de eu não estar aqui em setembro”, revelou Morata.
O camisa 7 também agradeceu o apoio recebido dos colegas de time, especialmente do técnico Luis de la Fuente, que defendeu o jogador após o jogo, esclarecendo que foi ele quem ordenou Morata a cobrar o pênalti.
“Agradeço a ele, como sempre. Não aceitei bem, e isso não pode ser mudado. Assim como precisei levantar a Eurocopa, agora preciso lidar com essa chateação. Não chorei em campo, não me faltou vontade. Meus filhos e minha família estavam nas arquibancadas e, assim como no ano passado precisávamos vencer, hoje tenho que viver um momento difícil, mas uma coisa que as pessoas fazem na vida é aprender”, completou.