Após pênalti desperdiçado, Morata admite fracasso e vive incerteza na seleção espanhola

“Fracassei novamente, como qualquer um pode falhar no trabalho ou na vida. Não chorei, mas fiquei ansioso. É preciso crescer. Meus filhos e minha família estavam nas arquibancadas. Assim como ganhamos antes, agora enfrentamos um momento duro. E a vida é isso: aprender”, declarou Morata.

O atacante, de 31 anos, também comentou sobre os ataques que recebeu nas redes sociais, revelando o desgaste emocional com a exposição negativa. O episódio é abordado no documentário sobre sua trajetória, que deve estrear em breve na plataforma de streaming da emissora.

A atuação de Morata e o desempenho do setor ofensivo da Espanha acenderam o sinal de alerta. O técnico Luis de la Fuente, mesmo elogiando o desempenho geral da equipe na decisão, admitiu que mudanças podem ser necessárias em algumas posições, especialmente no ataque.

Morata, que por anos foi referência no comando ofensivo da seleção, perdeu espaço. Na decisão, sequer foi titular. O esquema tático adotado por De la Fuente priorizou atletas com maior mobilidade e versatilidade, como Oyarzabal, que assumiu o protagonismo no setor. Ferran Torres também ganhou minutos importantes, e nomes mais jovens, como Mateo Joseph, destaque nas seleções de base, começam a entrar no radar.

Com isso, o futuro de Morata na seleção é incerto. Caso o atual cenário se mantenha, o atacante pode não estar entre os convocados para a Copa do Mundo de 2026, um destino inesperado para quem já foi o principal nome da posição na Roja.

A derrota para Portugal ainda ecoa, mas o baque maior, para Morata, pode ter sido pessoal. Afinal, mais do que um pênalti perdido, ele enfrenta agora uma luta por reconhecimento e espaço em uma nova geração espanhola que começa a se consolidar.