O ciclo de Ricardo Gareca à frente da seleção do Chile chegou ao fim. O treinador argentino foi demitido na terça-feira (10), um dia após a derrota por 2 a 0 para a Bolívia, que sepultou as chances chilenas de alcançar até mesmo a repescagem das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
A queda diante dos bolivianos, em confronto direto por uma vaga no Mundial, foi decisiva para o desfecho. Jogando fora de casa, “La Roja” saiu atrás logo aos 4 minutos do primeiro tempo, quando Medina cruzou da direita e encontrou Miguelito, que limpou a marcação e finalizou com precisão para abrir o placar. A situação se agravou ainda mais quando Lucas Chávez foi expulso após acertar o ombro de um adversário com o pé, em lance revisado pelo VAR.
Na segunda etapa, o Chile até tentou reagir, mas viu Francisco Sierralta, que havia acabado de entrar, ser expulso diretamente por falta em Robson Matheus. A Bolívia aproveitou a vantagem numérica e, já nos acréscimos, selou a vitória com gol de Enzo Monteiro, após rebote de chute de Miguelito.
Com o resultado, a Bolívia chegou aos 17 pontos e ocupa a oitava colocação nas Eliminatórias. O Chile, por sua vez, estacionou nos 10 pontos e amarga a lanterna da competição, dando adeus à possibilidade de classificação para o Mundial pela terceira edição consecutiva, repetindo as ausências em 2018 (Rússia) e 2022 (Catar).
A campanha sob o comando de Gareca foi decepcionante. Em 17 partidas à frente da seleção, o treinador somou apenas quatro vitórias, quatro empates e nove derrotas. A Federação Chilena de Futebol agora busca um novo nome para iniciar a reestruturação da equipe, que volta a campo em setembro para cumprir tabela contra Brasil e Uruguai.