A Seleção da Bolívia viveu momentos de tensão fora dos gramados após a derrota por 2 a 0 para a Venezuela, na última sexta-feira (7), pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. A delegação boliviana ficou impedida de deixar o país ainda no mesmo dia devido à recusa das autoridades venezuelanas em autorizar a decolagem do voo fretado que a levaria de Maturín a La Paz.
De acordo com veículos da imprensa boliviana, o grupo já estava reunido no aeroporto com toda a documentação exigida para embarcar. No entanto, mesmo diante das reclamações dos dirigentes, a equipe foi obrigada a retornar ao hotel. A situação gerou indignação por parte do técnico Óscar Villegas, que sugeriu motivação política e esportiva por trás da decisão das autoridades locais.
“Já tínhamos alertado sobre possíveis dificuldades e pedimos ao nosso governo que acompanhasse a situação. Infelizmente, aconteceu o que temíamos. Nem sequer respeitam outra companhia aérea estrangeira. Isso não leva a lugar nenhum. O certo seria nos deixarem descansar. Está claro que eles querem que joguemos mal contra o Chile”, declarou Villegas, ainda no aeroporto.
O episódio acirra ainda mais os ânimos entre as duas seleções, que disputam diretamente uma vaga na repescagem. A Venezuela, atualmente em sétimo lugar, ocupa a zona do playoff com 18 pontos. A Bolívia, em oitavo, soma 14, com três rodadas restantes para o fim das Eliminatórias.
Segundo o jornal La Razón, o clima entre as delegações já estava tenso desde antes da partida, quando os dirigentes bolivianos se mostraram contrariados com a mudança da data do confronto, remarcado de quinta para sexta-feira, o que reduziu o tempo de preparação da Bolívia para o próximo compromisso.
Após o impasse, a delegação boliviana conseguiu embarcar de volta ao país ainda no sábado (7) e volta suas atenções para o duelo decisivo contra o Chile, marcado para terça-feira (10), no estádio Hernando Siles, em La Paz.