O Grande Prêmio de São Paulo de 2024, um dos eventos mais esperados do calendário da Fórmula 1, acabou deixando muitos fãs frustrados. Problemas de acesso ao Autódromo de Interlagos, falta de sinalização, desorganização nas filas e falhas de acessibilidade marcaram a experiência de parte do público.
Torcedores que estiveram presentes relataram ao Lance! as dificuldades enfrentadas já na chegada ao autódromo. Sem informações claras e com poucos funcionários disponíveis para orientar o público, filas de diferentes setores se misturaram, causando confusão e irritação entre os espectadores.
“No primeiro dia, demoraram para abrir o portão,só abriram por volta das 8h30. Queríamos ir para a fanzone, mas precisávamos entrar pelo nosso portão, do setor R, e disseram que ainda não podiam abrir porque não havia mulheres suficientes para fazer a revista feminina. Esses detalhes deveriam estar resolvidos antes da abertura dos portões”, contou Luiza, que mesmo com os percalços pretende voltar ao GP em 2025.
Os relatos de falhas não se limitaram à entrada do evento. Questões de acessibilidade também foram motivo de queixa. Tainá, torcedora com deficiência, classificou a experiência como “frustrante do início ao fim”.
“Não havia ninguém organizando a entrada de pessoas com deficiência. Tivemos que disputar espaço com o público geral, e o local designado para PCD tinha visão ruim e nenhuma estrutura. Durante a corrida, ainda trocaram o espaço de última hora e, com a chuva, liberaram a área para todo mundo”, relatou.
Além da falta de estrutura, ela afirmou ter se sentido desrespeitada por funcionários do evento.
“Eu e minha irmã fomos hostilizadas, especialmente por eu não ter uma deficiência visível. Foi uma confusão, muita gente bêbada brigando… Não quero passar por isso novamente”, desabafou.
Diante das críticas, o CEO do GP São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler, prometeu mudanças significativas para a edição de 2025. Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (31), em Interlagos, o dirigente afirmou que melhorias na logística e no controle de acesso estão entre as prioridades da organização.
“Sabemos que é um grande desafio e que precisamos melhorar a cada ano. Estamos ampliando o número de portões e instalando 60% mais catracas para facilitar a entrada. Também estamos incentivando o uso do transporte público para melhorar a mobilidade”, garantiu Adler.
Com as promessas de ajustes, a organização espera recuperar a confiança dos torcedores e garantir uma experiência mais positiva na próxima edição do GP de São Paulo.