Ancelotti entra no clima da Seleção com trote musical e busca manter o Brasil no caminho da Copa

A escolha não pareceu aleatória. Em meio a um cenário de instabilidade nos bastidores da CBF e à campanha ainda irregular da Seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo, Ancelotti aposta na leveza e no carisma como pontes para recuperar a confiança do elenco e da torcida. Com serenidade, o treinador afirmou não ter receio de cantar, citando, inclusive, a amizade com artistas como Alejandro Sanz e Andrea Bocelli, que admira.

A performance, ainda que desafinada, foi recebida com risos e afeto. Casemiro, um dos líderes do grupo e velho conhecido de Ancelotti nos tempos de Real Madrid, brincou com a situação:
“Canta mal demais”, disse o volante, arrancando gargalhadas na sala de imprensa do CT Joaquim Grava, em São Paulo.

A atitude descontraída reforça a imagem de um Ancelotti acessível e humano, mesmo sendo um dos treinadores mais vitoriosos da história do futebol. O italiano não apenas chegou para comandar a Seleção, mas também para reconstruir o ambiente interno da equipe, hoje em busca de estabilidade dentro e fora de campo.

Em campo, o Brasil se prepara para o decisivo confronto contra o Paraguai, nesta terça-feira (10), na Neo Química Arena. A vitória pode garantir a classificação antecipada da Seleção para a Copa do Mundo de 2026, caso o Uruguai também vença a Venezuela, em Montevidéu. Atualmente com 22 pontos, o Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Se o resultado combinado se confirmar, a Seleção abrirá sete pontos sobre os venezuelanos, hoje na sétima colocação, com apenas duas rodadas restantes. Assim, mesmo no cenário mais adverso, os brasileiros assegurariam ao menos a sexta colocação, suficiente para uma vaga direta no Mundial.

A caminhada rumo à Copa pode ganhar um capítulo decisivo nesta terça-feira. E, com Ancelotti no comando, a Seleção parece pronta para enfrentar os desafios com leveza, carisma e, claro, uma boa dose de música.