Ancelotti é condenado na Espanha por fraude fiscal, mas não deve cumprir pena de prisão

Segundo a sentença, Ancelotti não pagou os impostos devidos ao fisco espanhol naquele ano, quando ainda comandava o clube merengue. Em contrapartida, o técnico foi absolvido da acusação referente a 2015, pois o tribunal entendeu que ele não permaneceu tempo suficiente na Espanha após sua saída do Real Madrid, em maio daquele ano, para ser responsabilizado fiscalmente.

O treinador, que esteve à frente do Real entre 2013 e 2015 e depois voltou ao clube de 2021 a 2025, mudou-se para Londres após sua demissão em 2015. A legislação espanhola prevê que penas inferiores a dois anos por crimes não violentos raramente resultam em prisão efetiva para réus primários, o que deve ser o caso de Ancelotti.

Em março deste ano, o Ministério Público espanhol havia solicitado uma pena mais severa: quatro anos e nove meses de prisão, além de acusar o técnico de ter fraudado cerca de 1 milhão de euros em impostos. Na ocasião, Ancelotti declarou estar tranquilo com o processo judicial.

“Tenho total confiança na Justiça. Não estou preocupado com isso, mas, obviamente, se me disserem que eu fraudei, isso vai me chatear. Reitero: confio plenamente no sistema judiciário”, afirmou o italiano, que atualmente prepara a Seleção Brasileira para os próximos compromissos internacionais.

A condenação, embora simbólica em termos penais, reacende o debate sobre o envolvimento de personalidades do futebol em crimes fiscais na Espanha, país que já teve casos semelhantes com nomes como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e José Mourinho.