Com apenas quatro meses de trabalho e quatro jogos à frente da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti já demonstra disposição para prolongar sua trajetória no comando da equipe até 2030. O atual contrato do técnico italiano vai até o fim da Copa do Mundo de 2026, mas ele admite a possibilidade de uma extensão.
“ Assinei por um ano, até o Mundial. Depois, está tudo em aberto. Naquele momento, parecia a decisão correta. Mas não teria problema nenhum em continuar, se a CBF quiser. Seria algo legal”, afirmou em entrevista à ESPN.
O treinador ressaltou ainda a satisfação com a vida no país, destacando que tanto ele quanto sua família se adaptaram bem. “Estou muito contente aqui, minha família também está contente. Podemos pensar nisso. Temos tempo para conversar. Não vejo problema em seguir”, disse.
O desejo de comandar o Brasil, no entanto, não é novidade. Ancelotti revelou que já no ano passado alimentava a ambição de preparar a Seleção para um Mundial. Desde a chegada em maio, após o fim do vínculo com o Real Madrid, ele vem se mostrando à vontade: acompanhou partidas em diferentes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, além de já se comunicar razoavelmente em português.
A negociação para trazê-lo foi conduzida ainda na gestão de Ednaldo Rodrigues, que trabalhava pela contratação desde a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Na ocasião, a expectativa era que Ancelotti assumisse em junho de 2023, mas a renovação com os merengues adiou os planos. O anúncio oficial aconteceu somente em maio deste ano, poucos dias antes do afastamento de Ednaldo da presidência da CBF.
O sucessor, Samir Xaud, eleito na véspera da chegada do treinador, garantiu a manutenção do acordo e assegurou autonomia total ao comandante. Na semana passada, Ancelotti retribuiu os elogios, destacando a boa relação com a nova gestão durante coletiva na Granja Comary, em Teresópolis.