O sonho do São Paulo em contar com Marcos Leonardo em 2025 chegou ao fim. Após semanas de negociações, o Al-Hilal decidiu não liberar o atacante brasileiro, que seguirá atuando na Arábia Saudita. A definição ocorreu nesta terça-feira (2), em reunião entre representantes do Tricolor, o estafe do jogador e dirigentes sauditas.
O clube paulista mantinha otimismo nas tratativas, mas esbarrou nas condições impostas pelo Al-Hilal, consideradas fora da realidade financeira brasileira. Os sauditas exigiam que o São Paulo arcasse integralmente com os salários do atleta. Marcos Leonardo, que tinha preferência por defender o Tricolor, apoiou a tentativa de acordo, mas a decisão final coube ao clube árabe, que optou por mantê-lo no elenco.
Embora não tenha sido inscrito no Campeonato Saudita por questões burocráticas, o atacante está registrado para a Champions Asiática e segue nos planos do técnico Simone Inzaghi.
Revelado pelo Santos, onde chegou aos 11 anos e estreou como profissional em 2020, Marcos Leonardo marcou 54 gols em 168 jogos. Viveu o rebaixamento histórico do clube em 2023, mas foi artilheiro do time na temporada, com 21 gols.
No início de 2024, o Santos o negociou com o Benfica por 18 milhões de euros (cerca de R$ 96 milhões à época), mantendo percentuais de mais-valia e solidariedade da FIFA. O vínculo em Portugal, no entanto, durou pouco: em setembro, o Al-Hilal investiu 40 milhões de euros (R$ 214 milhões) e levou o atacante, em uma das maiores transferências da história do futebol português.
O negócio garantiu ao Benfica lucro de 22 milhões de euros (R$ 118 milhões) e ao Santos cerca de R$ 26,8 milhões entre mais-valia e mecanismo de solidariedade, verba que ajudou na reestruturação do clube após a queda para a Série B.
No futebol saudita, Marcos Leonardo manteve alto desempenho, com grande média de gols mesmo competindo por espaço com nomes consagrados como Mitrović e Malcom.