O Al-Hilal confirmou oficialmente na última quarta-feira (3) a contratação do atacante marroquino Abderrazak Hamdallah, de 34 anos, para reforçar a equipe na reta final da Copa do Mundo de Clubes. Emprestado pelo Al-Shabab, o experiente centroavante já está integrado ao elenco saudita, que treina em Orlando (EUA), e tem grandes chances de começar como titular no confronto decisivo contra o Fluminense, nesta sexta-feira, às 16h (horário de Brasília), no Camping World Stadium.
A chegada de Hamdallah atende a uma necessidade imediata do Al-Hilal. Com os atacantes Mitrović e Salem Al-Dawsari fora por lesão, o técnico Jorge Jesus precisava de uma solução rápida para o setor ofensivo. A inscrição do marroquino foi possível graças à permissão da Fifa, que autorizou os clubes classificados a partir das quartas de final a adicionarem até dois jogadores entre os dias 27 de junho e 3 de julho, sem impactar o limite de 35 atletas por delegação.
Ídolo e artilheiro consagrado no futebol saudita, Hamdallah carrega números impressionantes. Ao longo de passagens por Al-Nassr, Al-Ittihad e Al-Shabab, ele ultrapassou os 180 gols marcados no país. Seu desempenho nas temporadas 2018/19 e 2019/20 pelo Al-Nassr foi particularmente notável: 72 gols em dois anos, com média superior a um gol por partida.
A estreia com a camisa azul, no entanto, carrega uma dose de ironia e polêmica. Em 2024, Hamdallah foi protagonista de uma cena controversa justamente em um duelo contra o Al-Hilal. Após a final da Supercopa Saudita, em que defendia o Al-Ittihad, o atacante foi agredido com uma chibatada por um torcedor rival. O episódio ocorreu após ele provocar a torcida adversária jogando água em direção às arquibancadas, gesto que culminou na reação violenta.
Agora, meses depois, o destino o coloca do lado oposto da rivalidade. Hamdallah vestirá a camisa do Al-Hilal justamente no duelo que pode garantir vaga na final do Mundial. Com faro de gol apurado e um histórico marcante na liga saudita, ele é a grande aposta do time para superar o atual campeão da Libertadores. O reencontro com a torcida e a responsabilidade de substituir os astros lesionados aumentam ainda mais o peso de sua possível estreia.