Após a dura eliminação do Palmeiras para o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico Abel Ferreira se pronunciou sobre a polêmica reação que teve diante dos protestos da torcida no Allianz Parque. Durante o segundo tempo da partida, com o placar marcando 2 a 0 para o rival, o português foi visto aplaudindo os torcedores, que o vaiavam e pediam sua saída. A atitude foi interpretada por muitos como deboche, algo que ele fez questão de negar na entrevista coletiva.
“Em momento algum ironizei. O que fiz foi pedir apoio. Estamos num momento difícil, perdemos para um rival, e isso dói. Desde que estou aqui, o Corinthians pouco ou nada ganhou. Aprendi a ser palmeirense, mas também sou humano, tenho sentimentos”, afirmou o treinador.
Questionado sobre sua permanência no clube, Abel evitou dar uma resposta direta e indicou que o tema será tratado futuramente. Seu contrato com o Palmeiras vai até dezembro deste ano.
“Não é a altura certa para pensar nisso. Esse não é o momento. Registrei o que ouvi da torcida, mas repito: não ironizei. Espero apoio. Cabe a nós, agora, manter o fogo aceso. Esse clube estava sem rumo, endividado, e conseguimos mudar. Somos vítimas do próprio sucesso. Isso é normal. No momento certo, faremos o que for melhor para o Palmeiras”, ponderou.
A eliminação para o maior rival intensificou a pressão sobre o treinador, que vive seu momento mais turbulento desde que chegou ao clube em 2020. Com uma sequência de resultados irregulares e desempenho abaixo do esperado, o futuro de Abel Ferreira segue incerto, ainda que o legado construído nos últimos cinco anos o mantenha como uma figura central no projeto alviverde.